pilepsia é uma condição neurológica comum em cães e gatos, afetando uma parcela significativa da população pet mundial. Essa condição pode ser assustadora tanto para o animal quanto para os tutores, mas com conhecimento e cuidado adequado, é possível proporcionar uma boa qualidade de vida aos cães e gatos que convivem com a epilepsia.
O que é Epilepsia?
A epilepsia é um distúrbio cerebral que causa crises convulsivas recorrentes e imprevisíveis. Essas crises são resultado de descargas neurais anormais no cérebro, que podem afetar o comportamento e a função do animal. É importante entender que nem toda crise convulsiva está relacionada à epilepsia, mas a epilepsia é caracterizada por essas crises recorrentes.
1 - Descargas Neurais
A epilepsia é causada por descargas neurais anormais no cérebro, que podem ser desencadeadas por diversos fatores.
2 - Crises Convulsivas
As crises convulsivas são a manifestação mais comum da epilepsia, e podem variar em intensidade e duração.
3 - Diagnóstico Preciso
É fundamental a consulta como o neurologista, para determinar a causa da epilepsia e o melhor tratamento para o animal.
Tipos de Epilepsia
A epilepsia em cães e gatos pode ser classificada em dois tipos principais: idiopática e sintomática. A epilepsia idiopática é caracterizada pela ausência de uma causa identificável, enquanto a epilepsia sintomática está relacionada a lesões ou doenças que afetam o cérebro.
Epilepsia Idiopática
Mais comum em cães, a epilepsia idiopática é caracterizada pela ausência de uma causa aparente, além da predisposição familiar. Os animais normalmente são afetados pela doença na fase compreendida entre 1 e 5 anos de idade.
Epilepsia Sintomática
A epilepsia sintomática, ou adquirida, está relacionada com lesões ou injúrias intra ou extracranianas e é mais comum em gatos. As suas causas estão ligadas a lesões iniciais no encéfalo.
Sintomas da Epilepsia
A epilepsia em cães e gatos pode se manifestar de duas maneiras: com convulsões generalizadas ou focais. Na primeira, a descarga elétrica afeta todo corpo, aumentando a tensão nos músculos, fazendo com que o animal caia com os membros esticados. Em seguida, inicia um processo de tensionamento e relaxamento rápido, causando movimentos bruscos.
1 - Convulsões Generalizadas
Afetam todo o corpo, causando movimentos bruscos e perda de consciência.
2 - Convulsões Focais
Afetam apenas regiões específicas do corpo, como a cabeça ou um membro.
3 - Outros Sintomas
Vômito, diarreia, desconforto abdominal, salivação excessiva, deglutição repetitiva e lambedura compulsiva de tapetes ou do próprio chão.
Diagnóstico da Epilepsia
O diagnóstico da epilepsia em cães e gatos pode ser desafiador, pois os animais nem sempre apresentam os sinais clínicos da doença quando levados ao
veterinário. É fundamental a colaboração dos tutores para fornecer informações detalhadas sobre o comportamento do animal.
Exames Clínicos: Avaliação do histórico do animal, exame físico e neurológico.
Exames de Imagem: Raio-X, ultrassonografia e ressonância magnética para avaliar o cérebro.
Exames de Sangue: para descartar outras condições que podem causar crises convulsivas.
Tratamento da Epilepsia
A epilepsia em cães e gatos não tem cura, mas existem tratamentos que podem controlar as crises e melhorar a qualidade de vida do animal. O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que podem reduzir a frequência e a intensidade das crises.
Medicamentos Anticonvulsivantes
Reduzem a frequência e a intensidade das crises, proporcionando mais qualidade de vida ao animal.
Acompanhamento Veterinário
É fundamental o acompanhamento regular com o veterinário para monitorar o tratamento e ajustar a medicação conforme necessário.
Mudanças no Estilo de Vida
Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como a redução do estresse e a criação de um ambiente tranquilo, podem ajudar a controlar as crises.
Prevenção da Epilepsia
A epilepsia em cães e gatos não é totalmente prevenível, especialmente a epilepsia idiopática, que tem uma forte componente genética. No entanto, algumas medidas podem ser tomadas para minimizar o risco de desenvolver a doença.
Raças Propensas
Algumas raças de cães são mais propensas a desenvolver epilepsia, como o Pastor Alemão, Labrador Retriever e Golden Retriever, Spitz alemão, Pug, Buldogue francês
Evitar Reprodução
Animais com epilepsia não devem se reproduzir, pois a doença pode ser transmitida aos descendentes.
Diagnóstico Precoce
Uma consulta com o neurologista ajuda no diagnóstico precoce da epilepsia e pode ajudar a controlar a doença e evitar complicações.
Conclusão
A epilepsia em cães e gatos pode ser uma condição desafiadora, mas com o tratamento adequado e o acompanhamento veterinário regular, é possível proporcionar uma boa qualidade de vida aos animais afetados. É importante lembrar que a epilepsia não é uma sentença de morte, e com o apoio dos tutores, os animais podem viver uma vida longa e feliz.