odo mundo sempre fala sobre a importância de realizar a vermifugação dos nossos cães. Porém, no momento de escolher a melhor maneira de fazer a prevenção e o momento certo de realizá-la, sempre surgem inúmeras dúvidas: qual o melhor vermífugo para o meu pet? Qual a dose correta para ele? De quanto em quanto tempo eu devo repetir esse protocolo? Existe algum risco em oferecer essa medicação para eles? Algum produto ou composto é contraindicado?
Se você também tem essas mesmas dúvidas, siga o texto abaixo que responderemos essas questões!
Uso da ivermectina veterinária
Dentre as muitas bases utilizadas para a vermifugação dos animais, a ivermectina veterinária talvez seja uma das mais conhecidas. Indicada para o tratamento de verminoses e outros parasitas, foi um medicamento desenvolvido a partir de uma substância produzida por um fungo no final da década de 80, que logo se tornou bastante popular por causa da sua eficácia como tratamento dos parasitas que se fixam na pele e no sistema gastrointestinal de bovinos e cavalos. Com isso, doenças que antes causavam grandes prejuízos aos rebanhos e eram de difícil controle, passaram a ser facilmente controladas.
Na década de 90, após vários estudos sobre a sua segurança e eficácia, a ivermectina ultrapassou a barreira da medicina veterinária e passou a ser utilizada como tratamento de várias doenças causadas por parasitas em humanos, sendo muito utilizada até hoje como um tratamento barato e eficaz contra a escabiose (sarna) e outras doenças parasitárias. Ela atua paralisando os parasitas, que morrem por não conseguir se alimentar mais do animal hospedeiro.
Nos cães e gatos, a ivermectina veterinária começou a ser utilizada ainda na década de 90, e ainda hoje é comumente utilizada para tratar e prevenir infestações por parasitas, como ácaros, vermes e carrapatos. Ela possui um baixo custo, pode ser adquirida livremente e está presente na maioria dos vermífugos comerciais vendidos nas casas de ração, clínicas e farmácias veterinárias.
No entanto, apesar da alta eficácia contra vários parasitas indesejados, a ivermectina veterinária pode ser tóxica em certas circunstâncias e, por isso, existe uma série de contraindicações e cuidados que nós, tutores, devemos considerar antes de oferecer esse medicamento aos nossos pets sem a indicação de um médico veterinário.
Quando oferecida, a ivermectina veterinária é metabolizada pelo fígado dos nossos animais, e permanecem em maior concentração neste órgão, podendo demorar vários dias para ser secretada. Dessa forma, antes de oferecer esse medicamento, é importante garantir que os nossos animais estejam saudáveis e não apresentem nenhum problema hepático que possa atrapalhar a absorção e secreção deste medicamento.
Além disso, a ivermectina também pode apresentar alguns riscos quando administradas para animais muito jovens, que podem apresentar reações adversas graves e que necessitam de um apoio veterinário para sua recuperação. Por isso, é sempre importante ler a bula dos medicamentos utilizados em nossos pets, e sempre solicitar apoio de um profissional para a orientação.
Contraindicação da ivermectina veterinária para raças de cães
A principal contraindicação para o uso de ivermectina veterinária em cães e gatos é a sensibilidade genética que alguns indivíduos apresentam à sua fórmula. Algumas raças de cães e certos gatos apresentam uma mutação no gene MDR1, que não permite que esses animais processem a ivermectina da forma adequada e, por isso, podem ser mais sensíveis e podem apresentar efeitos colaterais graves, incluindo problemas neurológicos e até mesmo levar o animal à morte.
Essa sensibilidade genética é mais comum em algumas raças de cães, como Collies, Pastor de Shetland, Border Collies, Pastor australiano, Sheepdog, Galgos, entre outras. Por isso, deve ser evitado o uso da ivermectina nesses animais. Mesmo os pets mestiços dessas raças podem apresentar essa mutação, então os tutores de SRDs (Sem Raça Definida) também devem ficar de olho nos seus animais!
Além disso, a ivermectina veterinária deve ser usada com cuidado em animais que estejam doentes, debilitados, com problemas de fígado ou com sistema imunológico comprometido, pois como seu organismo não está nas melhores condições, a ivermectina pode levar a mais efeitos adversos que um animal saudável, e podem haver complicações nos quadros existentes.
Cuidados com a vermifugação
Sendo assim, é muito importante frisarmos sobre o cuidado que devemos ter ao escolher vermífugos que possam conter a ivermectina como um de seus componentes na formulação, para evitarmos que, enquanto procuramos melhorar a saúde dos nossos pets, possamos acabar causando algum dano a sua saúde. Então, se o seu pet for de alguma das raças que citamos, for um filhote ou apresentar emagrecimento, diarreia, sangramentos ou qualquer sinal de que a sua saúde não está em dia, o melhor caminho é buscar a orientação de um profissional para te indicar o vermífugo adequado para ele.
Um outro ponto sobre os vermífugos que devemos ter é que, apesar de serem ferramentas muito importantes para promover a saúde dos nossos pets, eles não possuem efeitos preventivos, e devem ser usados somente quando há a infestação por parasitas. Sendo assim, o mais adequado é conversar com um veterinário para que ele possa te orientar sobre o momento mais adequado para administrar a medicação, as doses e os reforços.
Além da escolha adequada do vermífugo e a frequência de administração, a dosagem correta também é extremamente importante, e a ivermectina nunca deve ser tratada em doses mais altas do que as recomendadas pelo médico veterinário, pois as complicações causadas são diretamente dependentes da quantidade oferecida.
Por último, apesar da sua alta eficácia contra diversos tipos de parasitoses e seu baixo custo, o que torna a ivermectina um excelente medicamento de escolha, existem diversas medicações no mercado que podem substituí-la para oferecer segurança e um bom resultado também. Por isso, é sempre importante considerar o que é o melhor para você e seu animal, e contar sempre com o apoio de um profissional para te ajudar nessa decisão.
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Garanta que o seu animal esteja sempre protegido contra as doenças mais comuns da sua região, realize o controle de parasitas adequadamente, faça a limpeza do local onde ele transita com frequência e ofereça sempre alimentos de qualidade para o seu peludo. Assim, e garantindo o acompanhamento preventivo com um médico veterinário de confiança, conseguimos garantir que ele esteja sempre saudável e permaneça feliz ao seu lado por muitos anos.