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e você é tutor de um cãozinho ou gatinho, com certeza já escutou falar sobre a Doença Renal Crônica e como a saúde dos rins pode afetar a qualidade de vida dos nossos animais. Por isso, continue a leitura e entenda como evitar essa doença nos seus pets.

O que é a Doença Renal Crônica em Cães e Gatos

A doença renal crônica (DRC) é a doença degenerativa mais comum em cães e gatos idosos (embora possa ocorrer em qualquer idade), que se caracteriza pela deficiência estrutural ou funcional dos rins que se mantém por três meses ou mais. Ou seja, na doença renal crônica, os rins do cão ou gato apresentam uma perda na função de filtrar adequadamente o sangue do animal, e o quadro é permanente.

Também chamada de insuficiência renal crônica, ela ocorre quando os mecanismos compensatórios do organismo do nosso pet não são mais eficazes em manter as principais funções excretoras, regulatórias e  endócrinas nos pacientes. Um pet quando apresenta a doença renal crônica perde a capacidade de eliminar os compostos tóxicos do organismo, produzir alguns hormônios importantes pelos rins e a capacidade de regular alguns parâmetros importantes, como a pressão arterial e a hidratação adequada do corpo.

A doença renal crônica em cães e gatos pode  ser classificada em diversos estágios, que variam de acordo com a gravidade da doença. Essa classificação é universal, definida de acordo com as diretrizes propostas por instituições veterinárias similares àquelas propostas pela International Renal Interest Society (IRIS), um grupo internacional cuja missão é auxiliar veterinários a compreender melhor o diagnóstico e manejo da doença renal crônica em cães e gatos . Desta forma, essa classificação - também chamada de estadiamento - pode auxiliar o médico veterinário a escolher qual o melhor caminho a seguir para tratar o animal.

Para entender em qual estágio um cachorro ou gato com doença renal crônica está, o médico veterinário inicialmente pode se basear nos seguintes parâmetros:

  • A concentração de creatinina no sangue em jejum;
  • A  concentração da creatinina urinária;
  • Mensuração do SDMA no sangue em jejum;
  • Preferencialmente, na mensuração da creatinina e SDMA avaliado em pelo menos duas ocasiões no paciente que está saudável e hidratado;

Após esse estadiamento inicial, o animal poderá ser subestagiado com base na proteinúria e pressão arterial.

Esse estadiamento é de suma importância para entender o quanto os rins deste animal foram comprometidos, e a diferenciação entre os estágios da DRC permite estabelecer as condutas terapêuticas adequadas, com finalidade de melhorar a qualidade de vida, retardar a progressão da doença, aumentar a expectativa de vida e reduzir as complicações inerentes a sua evolução.

A base do tratamento do paciente renal é a manutenção da hidratação e a dieta, e as dietas devem apresentar diminuição dos níveis de proteína, fósforo, sódio e aumento de vitaminas B, fibras solúveis, PUFAs ômega-3 e antioxidantes. São formuladas especificamente para esses casos, e são indispensáveis para prolongar e aumentar a qualidade de vida. 

Por isso, caso você identifique que o seu animal não está com a saúde em dia, procure um profissional médico veterinário para identificar corretamente o que seu animal tem, e poder tratar da melhor forma o seu pet.

Referência

https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2020/CA_01578.pdf

Postado em
July 8, 2024
na categoria
Saúde

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