assear com cachorro é um momento de diversão e socialização, tanto para o pet como para o tutor. Além disso, as caminhadas diárias são fundamentais para a saúde física e mental do cão, auxiliando no bem-estar e melhorando a qualidade de vida dele.
Uma questão que pode ser controversa entre os tutores é o uso de coleira para cachorro e de guias durante os passeios. Alguns não abrem mão dos equipamentos, enquanto outros têm segurança em deixar que os cães andem livres pelas ruas seguidos por um responsável. Independentemente do método escolhido, a utilização da coleira para cachorro e guias já virou pauta de discussões políticas e fez com que cidades brasileiras adotassem regras para passeios com cães em lugares públicos. Porto Seguro, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso são alguns dos locais que já têm decretos que ditam regras sobre o assunto.
Para te ajudar a entender melhor, apresentaremos a seguir os benefícios dos passeios diários, a importância do uso da coleira para cachorro e o que dizem as leis pelo Brasil.
Benefícios dos passeios para os cachorros
A maioria dos cães adora passear, e o momento costuma ser de muita alegria quando eles sabem que vão sair. Além de divertidas, as caminhadas servem para os cachorros se exercitarem. Durante as atividades físicas, há a liberação da endorfina, substância que causa a sensação de bem-estar e de prazer no organismo. Por isso, cachorros que passeiam com frequência são menos estressados e mais felizes.
As atividades físicas também ajudam a retardar o envelhecimento e trazem uma melhor qualidade de vida aos cães idosos, já que reduzem a deterioração celular. Os passeios ainda são uma ótima maneira de gastar a energia do pet, o que traz vários benefícios, como melhorar o sono e diminuir a ansiedade.
Pela sua origem gregária, o cão tem como parte do seu instinto a socialização. E os passeios são uma ótima oportunidade para os cachorros terem contato com outros animais e pessoas. Essa convivência deve ser introduzida no início da vida, com eles ainda filhotes, e mantida ao longo dos anos. Uma socialização segura evita que o pet desenvolva problemas de comportamento como medo, agressividade e latidos excessivos.
Os passeios com frequência também são essenciais para os cachorros que só fazem as necessidades fisiológicas fora de casa. Assim, o tutor previne que eles desenvolvam problemas urinários. As caminhadas ainda auxiliam no combate de doenças como a hipertensão e a obesidade, além de fortalecer o sistema respiratório dos cães.
O que dizem as leis pelo Brasil
O uso de coleira para cachorro é um assunto tão importante que chegou ao debate público, e algumas cidades pelo Brasil já têm leis que determinam regras para passeios em espaços de convivência. Uma das decisões mais recentes é de Porto Seguro, na Bahia, que estabeleceu normas para a circulação de animais no município.
O decreto número 14.302/23 foi publicado no dia 5 de janeiro deste ano. O texto diz que ficou proibida na cidade a circulação de cães de qualquer porte e raça sem o uso de coleira para cachorro e guia. A decisão é válida para os locais públicos de Porto Seguro, como ruas, praças, jardins, praias e parques públicos. A regra também deve ser seguida em lugares com grande concentração de pessoas, como próximo a hospitais, ambulatórios e unidades de ensino público e particular. O texto reforça, ainda, que o decreto precisa ser cumprido em toda a extensão territorial do município.
Sobre a utilização de focinheira, a prefeitura deixa a cargo dos tutores decidirem sobre o uso do equipamento. O decreto ainda exige que eles se responsabilizem pelo manejo, proteção e segurança de cães agressivos. Os cuidados devem ser confiados apenas a pessoas “experientes” com esse tipo de comportamento.
Quem for flagrado ou denunciado cometendo alguma dessas irregularidades pode ser multado ou até ter o pet apreendido. O valor da multa vai de 1 a 100 salários mínimos, dependendo da gravidade e recorrência da infração.
Outras cidades pelo Brasil também já estabeleceram regras sobre o uso de coleira para cachorro. Uma delas é São Paulo. Por lá, duas leis abordam o tema.
A primeira é municipal e foi publicada em maio de 2001. Segundo a lei 13.131, todo o animal deve usar obrigatoriamente coleiras e guias adequadas ao seu tamanho e porte ao ser conduzido pelas vias e espaços públicos da capital paulista. O texto ainda diz que o pet deve ser guiado por pessoas com idade e força suficiente para controlar os movimentos do animal, caso seja necessário. A prefeitura também exige que o cão ou gato ande com uma plaquinha de identificação fixada na coleira.
Já a lei estadual só obriga o uso de coleira e guia de condução em lugares públicos de São Paulo para cães que podem ter comportamentos agressivos. O texto descreve as raças pit bull, rottweiller e mastim napolitano como algumas que devem utilizar os equipamentos obrigatoriamente pelo estado.
Distrito Federal, Rio de Janeiro e Mato Grosso também são exemplos de lugares que exigem o uso da coleira e de guia para o passeio com cachorro em espaços e vias públicos.
Dicas para um passeio seguro e tranquilo
Para ajudar os tutores a terem um passeio tranquilo e seguro com os pets, listamos algumas dicas que devem ser consideradas antes de sair de casa. A primeira é: use coleira para cachorro e guia em todas as caminhadas, independentemente se os itens são obrigatórios ou não na sua cidade.
O ambiente externo tem vários obstáculos e situações que podem ser perigosos para os cães, como carros e motos, ruas movimentadas, animais, entre outros. Por se tratar de condições incontroláveis, apenas usando os equipamentos de segurança, o tutor terá a garantia que vai conseguir guiar o cachorro e evitar que algo mais grave aconteça. Porém, a guia não deve ser puxada com força, pois pode machucar o cachorro. O ideal é deixá-lo livre para explorar e aproveitar o ambiente, mas com segurança.
Outra questão muito importante é que a vacinação do pet e o controle de pulgas e carrapatos estejam em dia. Seguir o protocolo de imunização obrigatório é a garantia de que o cachorro pode viver em espaços públicos em segurança, prevenindo, assim, o contágio de doenças entre outros animais e evitando que elas cheguem até os humanos.
A terceira dica é se atentar aos horários do passeio, caso o cachorro precise sair de casa mais de uma vez. Se possível, o tutor deve optar em períodos do dia que as temperaturas estejam mais amenas, ou seja, antes das 10 horas e depois das 16 horas. Dessa forma, evita-se que o cão seja exposto ao sol quente, ajudando a prevenir doenças de pele e até mesmo câncer.
Caso o passeio seja muito longo e ultrapasse os 30 minutos indicados por especialistas, o tutor deve levar água e petiscos para o cachorro, para que ele se hidrate e se alimente durante a caminhada.
Por último, é muito importante levar saquinhos para recolher o cocô do cachorro, caso ele faça as necessidades na rua.
A Guiavet é uma plataforma online de saúde preventiva de cães e gatos. Nossa equipe de veterinários pode te orientar sobre os cuidados com os passeios e avaliar as condições de saúde do pet. Cadastre ele agora.