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Os pets trazem muita alegria e amor para nossas vidas. Mas com esse amor, vem também a responsabilidade. Adotar um cachorro ou gato é um passo muito sério, já que uma vida passa a depender de você. Por isso, a importância da adoção responsável. Quer entender o que significa, como funciona e por que esse termo surgiu? É só continuar a leitura.

Adoção de cachorros e gatos no Brasil

A busca por um pet para fazer parte da família tem crescido cada vez mais no país. Segundo o último Censo, de 2019, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47,9 milhões de casas possuem pelo menos um cão ou gato. E esse número tende a crescer pelo menos 5% ao ano. Esses dados refletem o quanto as famílias brasileiras gostam de animais e, muitas vezes, optam pela adoção de pets em situação de rua ou em ONGs. 

Por outro lado, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30 milhões de animais estão em estado de abandono. Aproximadamente 20 milhões deles são cães, e 10 milhões são gatos. Durante a pandemia da Covid, a porcentagem de abandono aumentou, em média, 60%.

Adoção responsável: por que o termo foi criado?

Adotar um pet não pode ser baseado apenas no querer. O conceito de adoção responsável foi criado com o intuito de conscientizar futuros adotantes sobre as responsabilidades que envolvem ter um animal de estimação. Infelizmente, não são incomuns abandono e devolução de um pet para a ONG ou protetor que o resgatou. Para reduzir esses índices e os danos causados ao emocional dos cães e gatos, a ideia foi cunhada. Assim, antes de adotar, a pessoa é informada as responsabilidades e o compromisso com esse pet que vai além dos itens básicos

O que significa adoção responsável?

O termo é usado para descrever o processo que esclarece quem deseja adotar, mas não sabe exatamente todas as suas responabilidades com aquela vida. Geralmente, as pessoas consideram ração, casa e carinho suficientes, mas ter um amigo de quatro patas vai muito além disso. São necessárias muita responsabilidade e organização pessoal para que o pet não fique desamparado em nenhum momento.

A adoção responsável também explica os gastos financeiros a curto e a longo prazo, o comprometimento com o animal pelos próximos anos de sua vida e o impacto que essa adoção pode causar na vida pessoal do tutor.

Como muitos animais disponíveis para adoção possuem um passado de maus-tratos ou negligência, as pessoas envolvidas no resgate e reabilitação deles buscam por tutores que se comprometam com o bem-estar total desses pets.

O processo inclui a concordância com algumas obrigações, além de entrevista ou questionário que auxilia o adotante a avaliar e decidir se esse é o momento certo de levar um animal para casa.

Listamos 5 planejamentos necessários e abordados na adoção responsável:

  1. Financeiro
    Haverá disponibilidade financeira da família com despesas veterinárias a curto e a longo prazo? Cães e gatos vivem, em média, de 12 a 15 anos. Para garantir uma vida saudável, é preciso levar os peludinhos ao vet para vacinas, castração, check-ups anuais, medicações e tratamentos que possam ser necessários. Além, é claro, de possíveis urgências ou emergências. Um pet saudável também precisa de ração de qualidade, brinquedos e bons utensílios, como comedouros, bebedouros e caixa de areia.
     
  2. Tempo
    Quanto tempo disponível o tutor tem para brincar e/ou passear com o pet? Exercícios físicos são muito importantes para os animais. Além de prevenir a obesidade, trabalham pontos importantes, como os lados social e mental, garantindo maior qualidade de vida. 
  3. Espaço
    Onde o novo integrante da família irá ficar a maior parte do tempo? A quais áreas da casa ele terá acesso? Pets precisam de espaço para expressar seus instintos e se sentirem confortáveis. Se o adotante pretende ter mais de um peludinho em casa, isso deve ser levado em conta também. Cães precisam correr e desbravar ambientes. Gatos precisam de tempo para si, longe de possíveis situações estressoras. A palavra-chave aqui é enriquecimento ambiental: por exemplo, gatos necessitam de arranhadores  pela casa, e cachorros, de mordedores.
  4. Família
    Todos os moradores da casa concordam com a adoção e compreendem as responsabilidades que surgem com o novo pet? Se o tutor não vive sozinho, é preciso considerar que o animal é parte da família e haverá grande impacto na rotina familiar. Outro ponto conversado é: mudança de casa ou aumento da família, como uniões estáveis e a chegada de uma criança, não são critérios válidos para devolver o animal ao local de adoção, doá-lo para outra família ou abandoná-lo.
  5. Adoção
    O novo tutor está alerta e aberto para aprender sobre o comportamento natural do animal e suas necessidades básicas? Para isso, é feito um match entre a pessoa e o futuro pet. Também é realizado um check-list de pontos em comum em relação ao comportamento, nível de atividade, espaço físico da casa, entre outros. Tudo visando à melhor combinação para uma adoção 100% feliz. Além disso, é nesse ponto que o adotante recebe as informações sobre o passado do animal e em quanto tempo ele estará confortável na nova casa.

Todos esses pontos são abordados pensando no bem-estar e na qualidade de vida do pet, pois a adoção é uma segunda vida, e todos os envolvidos desejam que seja a melhor vida possível

Os cães são seres inteligentes e brincalhões que gostam e precisam receber atenção, principalmente amor. Os gatos também se apegam muito aos tutores e gostam de receber carinho. Por isso, ao optar por adotar, pense sobre todas essas responsabilidades e no compromisso que você está firmando com o animalzinho pelos próximos anos.

Não consigo adotar agora. O que faço?

Se você percebeu que não vai ter condições de adotar um animalzinho agora, mas quer ajudar os peludinhos que ainda não conseguiram um lar, apadrinhe um cão ou gato. Com certeza, na sua região, tem uma ONG ou associação de proteção animal que precisa de ajuda, seja com dinheiro, ração, tempo para brincar com os animais ou até mesmo ajudar na limpeza do ambiente.

Você pode verificar o que falta para que consiga dar um bom lar a um animal, garantindo tudo o que ele precisa, e estipular uma meta de tempo para adotar o melhor companheiro do mundo para você.

E aí? Gostou do conteúdo? Tem alguma dúvida? A Guiavet pode te ajudar! Faça o cadastro do seu pet e nos envie uma mensagem!

Postado em
November 3, 2022
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