e nós humanos temos uma simples dor de cabeça, ou algum desconforto muscular que sabemos que passará em breve, é muito comum tomarmos um comprimido de Paracetamol para aliviar os sintomas. Muito facilmente encontrado nas farmácias, de baixo custo e que não precisa de receita, este é um dos analgésicos mais comuns na medicina humana, seja sozinho ou como um dos princípios de medicamentos compostos. Mas quando se trata de animais, sempre surge a dúvida: posso dar paracetamol para meu cachorro ou o meu gato?
Vamos logo respondendo por aqui: NÃO!
Para gatos, o paracetamol é extremamente tóxico e pode levar ao óbito muito rapidamente! Então, caso o seu animal esteja doente, o paracetamol não só não tratará seus sinais clínicos como agravará seu quadro. Os gatos apresentam uma deficiência para realizar a biotransformação/metabolismo deste medicamento e mesmo baixas doses (consideradas seguras para outras espécies) causam intoxicação séria. De uma forma resumida: diferente dos humanos, os gatos não têm a capacidade de eliminar o paracetamol do organismo tão facilmente, e ele causará danos irreversíveis a diversos órgãos do animal.
Para cães pode não ocorrer sintomas com a administração de uma dose baixa em alguns casos, porém, isso não significa que seu uso seja benéfico ou seguro. É controverso o seu uso e a maioria dos médicos veterinários NÃO recomenda! Isso porque a chance de ocorrer sintomas de intoxicação é muito maior do que outros medicamentos com a mesma finalidade terapêutica. Então, se temos opções na mesma faixa de preço, com melhores resultados e mais seguros, porque arriscar a vida do nosso pet?
Ou seja, melhor não correr o risco, certo!?
O que o paracetamol (N-acetil-p-aminofenol) causa?
❗️Redução da capacidade de transporte de oxigênio:
- O paracetamol pode interferir na capacidade do sangue transportar o oxigênio, levando à falta de ar e suas consequências.
❗️Danos às células sanguíneas:
- O paracetamol pode levar à anemia e a outras alterações hematológicas importantes.
❗️Sinais de intoxicação:
- anorexia (falta de apetite);
- vômitos;
- dor abdominal;
- edema (inchaço) do focinho e das patas;
- letargia (apatia, estado de consciência reduzida);
- icterícia (mucosas amareladas devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue);
- taquipneia/taquicardia (redução/aumento dos batimentos cardíacos);
- coma;
- óbito.
Lembre-se sempre que o organismo dos animais é bastante diferente dos nossos, e o que funciona muito bem para nós pode não funcionar para eles. Evite administrar quaisquer medicamentos sem a orientação de um médico veterinário e, na dúvida, não dê nada antes de uma consulta!