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oda virada de ano, o mesmo tema vem à tona: gato e cachorro com medo de fogos de artifício. Muitos animais apresentam alta sensibilidade aos sons e luzes emitidos por esses tipos de artefatos, o que gera uma longa discussão sobre o assunto e as diversas tentativas acerca da proibição dos tipos que fazem barulho. Em algumas cidades pelo Brasil, como é o caso de São Paulo e Belo Horizonte, a soltura do “foguetório” com ruídos é banida por lei, sob condição de multa para quem descumprir. 

Em 2022, além do Réveillon, outro evento festivo preocupa tutores, veterinários, comportamentalistas e protetores dos animais: a Copa do Mundo. O Catar foi o país escolhido para sediar a vigésima edição do maior torneio internacional de futebol, que acontece, pela primeira vez na história, entre os meses de novembro e dezembro. 

Diante desse cenário e pensando em promover o bem-estar dos pets, a Guiavet listou 6 dicas de como acalmar seu gato ou cachorro com medo de fogos durante as comemorações deste final de ano. 

Por que cachorros e gatos têm medo de fogos de artifício?

Os animais têm uma capacidade auditiva maior do que a do ser humano. A título de comparação, o ouvido canino percebe ruídos com frequência entre 10 e 40.000 hertz, enquanto as pessoas captam entre 10 e 20.000 hertz. Os pets ainda conseguem detectar sons quatro vezes mais distantes do que seus tutores.

Com tanta sensibilidade, o Conselho Federal de Medicina Veterinária alerta que qualquer ruído com mais de 60 decibéis pode causar danos, que incluem estresse físico e psicológico, a cães e gatos. A queima de fogos de artifício, por exemplo, ultrapassa a frequência de 125 decibéis.

Quando um pet é exposto à soltura de rojões que apresentam ruídos acima de 110 decibéis, podem sofrer perdas auditivas irreparáveis. Caso a explosão aconteça a 1 metro de distância, a frequência sobe para 160 decibéis e há a possibilidade do tímpano do animal ser perfurado. 

Além dos danos físicos, a queima de fogos pode desencadear inúmeros problemas psicológicos nos pets, como episódios de estresse e ansiedade, causando tremedeira, choro, latidos e miados compulsivos. São nesses momentos que muitos deles tentam fugir como reação ao cenário inesperado e em busca de um “abrigo seguro” longe do barulho. 

 

85% dos cães e gatos têm medo de fogos de artifício 

Um levantamento feito pelo Grupo PetLove, em parceria com as organizações não governamentais (ONGs) Ampara Animal e Instituto Luisa Mell, mostrou que 85% dos gatos e cachorros têm medo de fogos de artifício. O estudo, divulgado em novembro deste ano, ouviu mais de 1.200 tutores de cães e gatos pelo país.

Segundo os entrevistados, durante a queima dos rojões, 72,7% dos pets se escondem, 58,1% ficam desorientados, 52,3% tremem, 37,2% tentam fugir, e 36,1% buscam colo. Ainda de acordo com os dados, 5,5% se lambem, 4,4% giram em torno do próprio corpo, e  2,3% ronronam como sinais de reação aos barulhos e luzes. 

Os tutores ainda apontaram o latido dos cães como demonstração de desconforto aos foguetórios. De acordo com eles, 25,5% dos cachorros latem mais do que o normal durante esses episódios.  

Como acalmar os pets que têm medo de fogos?

Nem toda queima de fogos pode ser prevista, como em caso de comemorações particulares ou em alguns jogos de futebol, pegando tutores e pets desprevenidos e aumentando as reações de medo. 

Quando não é possível adequar o ambiente com antecedência ou começar com treinos dessensibilizantes, algumas dicas podem auxiliar os pets a se sentirem mais seguros, diminuindo as respostas ao medo e a ansiedade envolvida durante as comemorações festivas. A Guiavet listou 6 delas para ajudar os tutores:

Além de seguir as dicas, é importante que o tutor tenha o acompanhamento do médico veterinário e o comunique sobre o comportamento do pet durante a queima de fogos. Em alguns casos é necessário o uso de medicações específicas que o auxiliam a ficar mais calmo. O profissional também pode ajudar a estabelecer rotinas de treinos para acostumar o animal a eventos futuros, diminuindo o medo a longo prazo e promovendo uma melhor qualidade de vida.

Faixa para cachorro com medo de fogos de artifício 

Uma técnica que também pode auxiliar tutores a proteger os cães durante as comemorações de final do ano é o truque da faixa. O método ajuda a acalmar o pet nos períodos festivos já que o tecido estimula a circulação sanguínea nas regiões extremas do corpo.

A estratégia funciona porque gato e cachorro com medo de fogos de artifício têm alta sensibilidade nas áreas traseiras, patas e orelhas. Assim, a técnica ameniza essas tensões no dorso e ajuda a diminuir o estresse. 

Veja como fazer o truque do pano:

Os especialistas alertam, no entanto, que, caso o cão se sinta desconfortável ou fique agitado, o tecido deve ser removido. 

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Postado em
December 7, 2022
na categoria
Bem-estar

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