ituações diversas podem acontecer com os pets. Entre tantas coisas, como saber se é um caso de urgência ou emergência? Será que os cães e gatos podem esperar até o dia seguinte? O que deve ser feito nessas horas? Continue lendo para entender em quais situações seu pet precisa de uma consulta veterinária.
Consulta veterinária de rotina
Identificar se algo está errado com o pet pode ser difícil para alguns tutores. Por isso, saber o que é normal na fisiologia de cães e gatos pode ajudar.
Os parâmetros fisiológicos podem variar de acordo com raça, tamanho, idade, comportamento (animal estressado, doente etc.) e de pet para pet. Assim, dentro dos valores de referência, busque entender qual o normal do seu animalzinho.
Veja os parâmetros de forma geral:
- As mucosas, em olhos e gengivas, devem estar úmidas e ter coloração rosada (em gatos, são mais claras que em cães);
- A temperatura do animal deve variar de 37.5ºC a 39.3ºC. A aferição é feita com o termômetro, introduzido no ânus. Tome cuidado para não machucar a mucosa intestinal;
- A frequência respiratória em cães varia de 18 a 34 movimentos por minuto. Em gatos, de 16 a 40 movimentos por minuto. É possível verificar a frequência pela movimentação do tórax e abdômen.
- A frequência cardíaca em cães varia de 60 a 160 batimentos por minuto. Em gatos, oscila entre 120 e 220. Você pode sentir os batimentos cardíacos ao encostar no tórax.
Consulta veterinária de urgência e emergência
No casos de urgência e emergência, as medidas devem ser tomadas rapidamente e de forma precisa. Quanto antes o cachorro ou o gato forem atendidos por um veterinário, melhor.
Abaixo, você encontra uma lista de situações em que a consulta veterinária deve ser imediata:
- Alteração ao defecar (cor, frequência e volume);
- Alteração ao urinar (cor, frequência e volume - obstrução em gatos é muito comum);
- Alteração na frequência cardíaca;
- Alteração na temperatura (alta ou baixa);
- Ingestão de muito, pouco ou nada de água;
- Ingestão de muito, pouco ou nada de ração ou comida natural;
- Convulsão;
- Desorientação (cabeça inclinada, falta de coordenação, esbarrão nas coisas);
- Dificuldade de respirar (sufocando, tossindo, espirrando);
- Dilatação e dor abdominal;
- Dor (treme e/ou geme, fica mais quieto);
- Fezes e vômito com sangue;
- Ingestão de corpos estranhos (brinquedos, panos, objetos diversos);
- Intoxicação por veneno, plantas tóxicas e medicamentos;
- Mucosas pálidas;
- Não responsivo (desmaio, parece confuso);
- Parto demorado e/ou dificuldade em parir;
- Perda de pelo em grande quantidade;
- Perda de peso excessiva;
- Picada de insetos e animais peçonhentos;
- Problemas locomotores (não consegue ficar em pé, não se move ou se move com dificuldade);
- Sangramento (nariz, boca, ânus, vulva, pênis etc.);
- Secreção anormal em olhos, nariz ou genitais;
- Traumas (atropelamento, queda, brigas, se é acertado por um objeto pesado ou perfurocortante);
- Vômito e diarreia por mais de 24 horas.
Entenda que, nesses casos, o seu bichinho pode apresentar comportamentos agressivos devido a dor, medo etc. E, mais uma vez, reforçando, é importante levar seu pet ao veterinário não só em casos urgentes, como também rotineiramente.
Particularidades dos gatos na consulta veterinária
As situações descritas acima são preocupantes tanto em cães quanto em gatos, porém os felinos precisam de maiores cuidados. Eles podem apresentar:
- Anemia:
Enquanto vivas, as hemácias se oxidam ao transportar o oxigênio. Nos gatos, essa oxidação ocorre com maior facilidade. Com isso, a hemoglobina se transforma em metahemoglobina, fazendo com que o oxigênio não seja mais transportado. Tudo isso acontece porque os felinos possuem o dobro do grupo sulfidrila reativo do que os cães, deixando a hemoglobina (presente na hemácia) sensível à oxidação. Além disso, eles possuem menos enzimas reparadoras e glutationa (aminoácido que combate o estresse oxidativo). Nesse quadro, o gato apresenta mais apatia, podendo diminuir ou parar por completo a ingestão de alimentos. Mas é possível que o bichano não apresente nenhum sintoma, pois, devido ao seu instinto de caçador, evita demonstrar que tem algo de errado com ele. Por isso, a consulta periódica com um veterinário é muito importante.
- Lipidose hepática:
Ocorre principalmente em gatos obesos quando param de comer. Uma grande quantidade de gordura é liberada no organismo e precisa ser metabolizada no fígado. Porém, a metabolização de carboidratos e gorduras não é eficaz, já que o gato é estritamente carnívoro. Assim, o organismo começa a acumular gordura no fígado, levando a uma falência hepática. O principal sinal clínico são olhos, gengiva e até a pele amarelados.
- Maior facilidade de intoxicação:
Por questões genéticas, os gatos têm deficiência da enzima glucuronil transferase, responsável pela via de metabolização chamada glucuronidação (muito importante para metabolizar remédios). Outro motivo que colabora para isso é a baixa quantidade de sangue circulando no corpo. Enquanto os cães possuem 90ml de sangue por quilo, os gatos apresentam 50ml de sangue por quilo.
- Menor resposta à hipovolemia, vasodilatação ou problemas da bomba cardíaca:
O sistema simpático colabora para manter o animal em alerta, para que possa reagir a qualquer adversidade. Nesses casos, ao invés de desenvolver uma resposta mais prolongada a problemas (aumentar frequência cardíaca, vasoconstrição periférica e manter a pressão arterial), em gatos, principalmente mais jovens e idosos, a resposta é menor, pois o sistema parassimpático (responsável por acalmar o organismo após situações adversas) é predominante nesses animais.
Consulta veterinária online ou presencial?
Embora a consulta veterinária online seja um grande facilitador, infelizmente ela tem os seus limites. A telemedicina pode ajudar a tirar dúvidas, avaliando se a situação é ou não de urgência ou emergência, mas somente em uma clínica ou hospital veterinário, o problema será resolvido.
Existe a hora de ouro, que é a primeira hora após o incidente. Nela, o atendimento veterinário fará maior diferença entre a vida e a morte do cão ou gato. Um ponto importante é que, dependendo do metabolismo do pet, a hora de ouro pode durar mais ou menos. Portanto, a ida ao veterinário deve ser feita imediatamente!
Saiba como fazer um kit de primeiros socorros para seu pet.
O que fazer em casos de consulta veterinária de urgência e emergência
- Esteja preparado
Não espere acontecer o problema para procurar uma clínica veterinária. Pesquise qual clínica vai te atender melhor, veja a rota com antecedência e pense sobre o transporte. Verifique sobre a política de pagamento e valores dos procedimentos oferecidos.
- Mantenha a calma
As informações devem ser transmitidas ao veterinário de forma clara. Perguntas serão feitas (histórico, o que aconteceu, como aconteceu, quanto tempo desde o ocorrido, se foi dado algum remédio antes etc.). Então, não se estresse. Essas informações farão diferença para o diagnóstico e tratamento do seu animalzinho.
- Tenha uma quantia em dinheiro reservada
Além da consulta, durante o atendimento, podem ser necessários exames (sangue, raio-x, ultrassom etc.) para se chegar ao diagnóstico e traçar um plano de tratamento, além de uma possível cirurgia, dependendo do caso.
- Informe ao veterinário habitual sobre o ocorrido
Seu médico veterinário de confiança ajudará no acompanhamento de recuperação do seu pet.
Mesmo que certas situações não sejam emergência, a ida ao veterinário é melhor do que correr risco de perder o seu pet. Acesse a Vitrine Guiavet e encontre um profissional.
Fontes para a construção desse blogpost: